Todo mundo é inseguro, sem exceção. Os super-confiantes simplesmente disfarçam melhor.
Afinal, ninguém é de ferro. O mundo seria muito menos neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um pouco menos inseguros.
Mas como reduzir esta insegurança? Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema. Ledo engano, por uma simples razão: segurança não depende da gente, depende dos outros.
Está totalmente fora do nosso controle. Por isso segurança nunca é conquistada definitivamente, ela é sempre temporária, efêmera.
Segurança depende de "validação".
Todos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente.
Ninguém pode autovalidar-se, por definição. Você sempre será um ninguém, a não ser que outros o validem como alguém.
Validar o outro significa confirmá-lo, como dizer: "Você tem significado para mim".
Estamos tão preocupados com a nossa própria insegurança, que não temos tempo para sair validando os outros.
Estamos tão preocupados em mostrar que somos o "máximo", que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e cônjuges que o "máximo" são eles.
Bajulamos quem não gostamos, esquecemos de validar aqueles que admiramos.
Por falta de validação, criamos um mundo consumista, onde se valoriza o ter e não o ser.
Por falta de validação, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se, ou dominar os outros em busca de poder.
Validação permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente são, e não pelo que gostaríamos que fossem.
Mas, justamente graças à validação, elas começarão a acreditar em si mesmas e crescerão para ser o que queremos.
Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todo dia.
Um elogio certo, um sorriso, os parabéns na hora certa.
Você já validou alguém hoje? Então comece já, por mais inseguro que você esteja.
Stephen Kanitz