NAQUELE DIA TOMEI UM TOMBO...
E APRENDI.
E assim, naquele dia que parecia como outro qualquer, decidi que o meu maior triunfo seria sobre mim mesmo.
Aprendi que as quedas são estímulos para que aprendamos a levantar, com dignidade e com coragem.
Aprendi que para olhar o mundo, é preciso estar no chão.
Eu só o conhecia do alto da minha arrogância.
Aprendi que nada nos acontece por acaso.
Sempre há um “para que”.
Descobri que nunca tinha questionado se minhas ambições incluíam a ética.
Descobri as caras feias que eu estava vendo nada mais eram que meus reflexos em milhares de espelho.
Naquele dia descobri que meus rivais e meus desafetos eram apenas ameaças à minha insegurança.
Descobri que carregava em mim um Ego muito maior que eu.
Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tenha sido.
Aprendi também que de nada serve ser luz se não posso iluminar o caminho dos demais.
Naquele dia, deixei de ser o comercial do meu pseudo-conhecimento e passei a aprender um pouco mais.
Aprendi também que de nada serve saber, se não posso compartilhar e legar o conhecimento.
Que para multiplicar o pão de cada dia, é preciso dividi-lo.
Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim continuar a subida.
Aprendi que a vitória duradoura não vem de sopetão. Ela é conquistada por etapas.
Vi que na luta pelos meus objetivos, o maior é lutar.
E que são os caminhos sofridos que nos amadurecem e domam.
Aprendi que posso fazer qualquer coisa e arcar com a responsabilidade das quedas.
Deixei de me importar com quem ganha ou perde, e me importar simplesmente com quem faz.
Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.
Decidi ver cada problema como uma oportunidade para aprender a achar soluções.
Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de recomeçar
Decidi ver cada noite, como um mistério a resolver.
Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.
Aprendi que as palmeiras altas e eretas, nos dão uma lição de dignidade e postura, diante das intempéries da vida.
Descobri que o amor é uma decisão de vida.
Vi que não estava protegendo aqueles que eu amo. Quando o bem é precioso demais, todo zelo é pouco.
E que eu não sou o bem mais precioso!
Aprendi que a compaixão não é sentimentalismo e sim humanidade.
Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para fazer a realidade.
Aprendi que a imagem do inatingível é o que nos aciona para que o busquemos.
Tudo para mim foi atingível!
E desde aquele dia já não batalho para triunfar e sim, para lutar no combate.
E desde aquele dia, já não durmo para descansar simplesmente... durmo para sonhar!
E desde aquele dia, já não vivo mais para ganhar e sim para viver.
Para cair...
Para levantar...
Para continuar...
Para chorar...
Para perdoar... Para respeitar... Para amar...
... Para aprender e para decidir sobre quem eu quero ser.