Somos todos tão iguais e nos vemos tão diferentes! Não somos os únicos a sentir dor; não somos os únicos a sentir medo, insegurança... não somos os únicos a temer o desconhecido, a sentir decepção, a chorar de tristeza, a ficar na dúvida, a não saber que decisão tomar e recear ter feito a escolha errada...
Sofremos mais porque nos vemos sós. Porque temos dificuldade em imaginar que outras pessoas passem por caminhos parecidos com os nossos. Porque nos fechamos no nosso quarto e em nós... nos sentimos tão miúdos que dificilmente imaginamos que fora da nossa janela outros seres sentem-se pequenininhos também, cada qual sozinho na sua dor e solidão.
A auto-piedade que nos devasta, assola milhares de eus espalhados por aí. Somos todos sim iguais na alma, na pequenez e na grandeza; Eu choro também, me comovo, morro um pouquinho a cada dia e renasço na minha fé.
A prova disso é que você se identifica com o que digo. Se a emoção que aperta meu peito, aperta o peito de quem me lê, é porque somos feitos do mesmo barro.
E se posso ver e crer na vitória e ultrapassar meus limites é porque todo mundo, cada um pode. Podemos conjugar todos os verbos em todos os tempos! É verdade que o sol não nasce e não se põe pra nós no mesmo momento, mas isso não muda em nada a verdade de que somos assim maravilhosos e importantes grãozinhos de areia aos olhos de Deus.
Letícia Thompson